Em tempos dominados pelas redes sociais, cada vez menos tem se pensado em investimentos e fortalecimento de canais próprios. É muito comum profissionais de marketing político e seus clientes abdicarem de seus sites para “focarem” em perfis no Facebook e Instagram, deixando de lado questões como autonomia e credibilidade.
Ao investir em um canal próprio, cria-se a cultura da “mensagem oficial” e de um canal imune à fake news.
A importância dos canais próprios no marketing político
É importante dizer que o fato de incentivarmos o fortalecimentos de canais proprietários não interfere nos investimentos em redes sociais, muito pelo contrário. Um site bem construído te garante boa indexação nos mecanismos de busca, captação efetiva de leads, oferta da mensagem ideal sem preocupação com limitação de formatos, porém, a interação com o eleitor ainda se dá, majoritariamente via redes sociais. Não é preciso fazer escolhas, e sim um bom trabalho de forma geral.
Mas não pense que seus canais não podem também apostar na interatividade. Hoje, grandes sites realizam um ótimo trabalho com a utilização de bots, que por vezes já resolve as dúvidas do eleitor, e trazendo o tão sonhado relacionamento.
“É uma boa ideia desenvolver aplicativos para o marketing político?”
Uma crescente no segmento de canais são os aplicativos que, por seu custo elevado, demandam muitos estudos e, acima de tudo, precisam “resolver algum problema”. A presença digital não pode existir apenas para marcar território, ela precisa fazer sentido para o usuário, suprir alguma de suas necessidades.
Uma das principais motivações para desenvolvimento de apps para políticos é a mobilização da militância, que é vital para todo mandatário, porém, deve-se estudar o perfil do militante a fim de compreender sua familiaridade com plataformas digitais. O investimento se torna ineficaz sem determinadas ponderações.
Sempre que formos desenvolver algo, precisamos saber o por quê daquela criação, a quem ela beneficia, qual é o impacto deste canal no eleitorado e, principalmente, qual problema ele resolve.
Sempre que se pergunte se você consumiria este conteúdo/canal. Seja o maior dos críticos.
“O que um bom canal deve ter?”
Como dito anteriormente, para ele ser considerado bom, precisa ser útil, isso já responde a muitas coisas. Um site que não entrega ao eleitor uma motivação para permanecer interessado, pode ser considerado bom?
Claro que o bom e ruim são subjetivos, mas podemos citar alguns elementos que certamente poderão afetar positivamente as impressões sobre seu canal:
1. Atualizações regulares
Não adianta querer utilizar os canais próprios apenas quando tiver algo a dizer para a imprensa ou quando precisar se posicionar a respeito de um tema. Ele deve ser uma fonte perene de informações, sejam elas do cotidiano ou não.
As atualizações são importantes para criar uma boa reputação digital para o político, além de criar conexões com as áreas de atuação.
2. Unidade visual
Outro ponto importante é manter a identidade visual do cliente sempre desdobrada em todos os canais, próprios ou não. O eleitor precisa assimilar rapidamente que está consumindo o seu conteúdo, isso ajuda muito na questão da credibilidade da mensagem e do canal.
3. No caso do site, uma plataforma amigável
Tecnologicamente falando, o WordPress hoje é a melhor opção para a criação de sites pois, além de ser uma plataforma “amiga do google”, é de fácil de manuseio e muito intuitiva, além de oferecer plugins para diversas finalidades como a otimização de textos (SEO).
4. Blog
Para conseguir alcançar bons resultados nos mecanismos de busca, é importante no caso do site uma área de artigos/blog para gerar indexação. Neste espaço o cliente pode ser autor de conteúdos, podem haver análises de cenários e acompanhamento de atividades, sempre levando em consideração os critérios de encontrabilidade.
5. Biografia
Uma das vantagens dos canais proprietários é a livre curadoria de conteúdos. Essa é a hora de caprichar no storytelling e contar a história do cliente em primeira pessoa. Busque ilustrar os fatos com fotos de acervo, vídeos, crie uma linha do tempo, enfim, garanta uma boa narrativa.
6. Notificações PUSH
Principalmente no caso dos aplicativos, é imprescindível que tenham esta função nativa e que, nos termos e políticas de uso exista um campo onde o usuário aceite receber notificações informativas. Esta ferramenta, quando bem utilizada, reduz custos com disparos de WhatsApp e SMS.
7. Área de cadastro
Nunca perca a chance de coletar leads e abrir um canal de comunicação com o visitante de seus canais. No site/blog deve haver um campo para cadastro de interessados em receber novidades ou newletter. Aproveite a oportunidade para criar uma esteira de conteúdos para e-mail marketing!
8. Espaço para interação
O eleitor está amadurecendo e começando a entender que é parte integrante do processo político, com isso, tende a valorizar iniciativas que busquem dar voz ao cidadão. Tenha em seu canal um espaço para consulta de opinião, enquetes e votações. Não deixe que seu canal seja uma via de mão única, a comunicação unilateral já não existe mais.
9. Divulgação de outros canais
Seja um hub de seus conteúdos e canais, crie uma área para a divulgação de suas redes sociais, telefones e WhatsApp de mandato. Simplifique a vida de quem se interessou pelo seu cliente e pelo que ele tem a dizer.
Viu só como tem muita coisa para levar em conta quando for criar ou atualizar os canais de um político?
Sempre existem novidades no mercado do marketing político digital e é preciso atenção para que seus clientes não fiquem para trás.
Uma ótima dica para estar em constante aprendizado é o Guia do Marketing Político, um clube de assinaturas de conteúdos da área que, mensalmente recebe atualizações.
Assista o vídeo do consultor Marcelo Vitorino e conheça as vantagens de ser um assinante:
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