No dia 18 de maio acontecerá em Brasília o Campanha de Mulher: I Seminário de Comunicação Política, que trará cases de sucessos comandados por grandes mulheres do cenário do marketing político atual. Duas das palestrantes você já conhece aqui do blog, as autoras Natália Mendonça e Fernanda Camargos compõem o time das dez profissionais que falarão no evento.
Quem mais vai participar do I Seminário de Comunicação Política?
Como a política surgiu na sua vida?
Sempre fui apaixonada por política e redes sociais. Eu era a criança que gostava de assistir Jornal Nacional e os programas eleitorais. Comecei a trabalhar no setor antes mesmo de concluir a graduação, a convite de dois professores, na campanha do candidato Eduardo Brandão (PV) ao governo do Distrito Federal, em 2010. Nesse período, as redes sociais ainda tinham uma participação tímida no cenário eleitoral brasileiro, mas já havia um indicativo de crescimento e expansão, o que acabou se confirmando na eleição seguinte com candidatos majoritários, em 2014. Nesse período que fiz um investimento maior nos estudos e me dediquei à compreensão do universo das redes sociais no setor público.
O seu trabalho te dá a possibilidade de realizar ações que incentivam a participação feminina na esfera política?
Como coordenadora de comunicação, tenho buscado dar abertura para que outras mulheres possam mostrar o seu talento. Hoje, na minha equipe de Brasilia, há apenas mulheres. E são mulheres muito competentes e profissionais.
Existe uma falsa premissa de que as mulheres precisam competir entre si pra poder obter reconhecimento. A realidade é que sempre há espaço para bons profissionais.
Você conhece iniciativas de promoção da equidade de gêneros em instituições?
Sim, no Congresso Nacional, inclusive. Apesar das mulheres representarem 51% da população, no Senado temos apenas 28% de servidoras no corpo efetivo, 49% de comissionadas, 41% de terceirizadas e 46% de jovens aprendizes. Somente as estagiárias possuem um número que supera a de homens na Casa, 63%, segundo dados de 2018. Buscando mudar isso, a Casa implementou o programa pró-equidade, que busca a promoção de palestras, ações educativas e também de conscientização sobre a importância da mulher na sociedade. Uma das iniciativas vai além do campo das ideias; o Senado obriga às prestadoras de serviços terceirizados a reservar pelo menos 2% das vagas para mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica após sofrerem violência doméstica. Ainda são ações pequenas, mas estamos no caminho certo.
O que vamos encontrar em seu painel no seminário?
Vou falar sobre algo que muitos candidatos não dão a prioridade necessária e que o foi o divisor de águas na campanha do Marcos Rogério ao Senado: o uso de pesquisa como base para a estratégia de comunicação.
Mais detalhes sobre o evento
Ludmila Lucas é jornalista, especialista em Comunicação e Marketing Digital. Atuou em campanhas majoritárias para o governo do Distrito Federal (2010 – Eduardo Brandão) e para o Senado Federal pelo estado de Rondônia (2018 – Marcos Rogério). Desde 2012 atua no Congresso Nacional em assessoria parlamentar e consultoria de mandato, com foco em comunicação digital.