Os perfis de rede social em que a maioria dos conteúdos são feitos com cards têm recebido cada vez menos engajamento. Essa tendência se justifica, em parte, pela entrega reduzida, mas, especialmente, pelo fato do conteúdo humanizado ser mais atraente. O político como produtor de conteúdo é o novo normal.
Essa nova normalidade de comunicação política, no entanto, necessita de intenso planejamento, orientação e conhecimento. Esses são requisitos essenciais para evitar o excesso de autopromoção. Eu mencionei em outro artigo, o cuidado com as fotos de agenda e de gabinete. Não é esse tipo de postagem, nem essa produção de conteúdo pelo político que geram resultados.
O caminho até o voto
O político como produtor de conteúdo vai ser aquela liderança com um olhar mais atento ao que funciona na sua rede social: se é o abraço da moradora, o depoimento de uma família que tenha recebido uma melhoria no bairro intermediada por ele, o semelhante que defenda uma pauta em comum, ou até discorde dela.
Ele será um usuário de rede social com percepção aguçada para registrar um bom story quando estiver sem assessoria. São essas particularidades que vão aproximar o perfil de quem realmente deseja se atingir com a comunicação política, o eleitor.
No entanto, ainda que a próxima campanha já tenha começado, o caminho até o voto é sinuoso e longo. E ele passa pela consciência individual política, amparada, como disse, em uma estratégia. As redes sociais tornam-se, nesse cenário de caminho até o voto, ferramentas importantes na consolidação de uma imagem pública atraente. Elas não devem, porém, ser as únicas.