O muro não é lugar para políticos. Posicionar-se é fundamental frente aos assuntos que interferem fortemente na vida das pessoas e de grande destaque nacional, a exemplo da invasão ao Congresso Nacional, Planalto e Superior Tribunal Federal ocorrida no dia 7 de janeiro e importante quando relacionada aos demais temas. O posicionamento torna-se dispensável em ocasiões em que o ponto, apesar de relevante, está focado em matérias distantes da realidade política.
Quando tenta se manter “cima do muro”, ou seja, quando evita tomar partido ou mesmo emitir opinião diante de fatos relevantes, o político, além de perder a oportunidade de tornar-se mais conhecido com o seu posicionamento, tende a passar a imagem de temor pelas consequências das suas palavras.
A importância do posicionamento adequado
No entanto, ao tornar pública sua opinião, é importante que o político, ou quem fala por ele, tenha consciência de que o que está sendo dito ficará registrado. Assim, além das palavras exporem o que está mais próximo do verdadeiro pensamento de quem o emite, o embasamento com fatos, pesquisas e história- particular e pública- devem estar junto à mensagem divulgada. Logicamente, sabemos que nem sempre o ponto de vista difundido
é totalmente autêntico, pois, infelizmente, muitos que ocupam posições políticas de relevância não podem ter seus pensamentos- e quiçá atitudes- expostos.
As plataformas de mensagens e redes sociais são, atualmente, importantes ferramentas para auxiliar na expansão rápida e ampla da mensagem política. Diferente de outrora, quando uma mensagem, para tornar-se pública, entrava em disputa com tantas outras no espaço reduzido dos impressos. Hoje, é possível fazer com que o eleitorado tenha conhecimento da posição dos líderes políticos tão logo os fatos ocorrem, mantendo, assim, a proximidade tão necessária para a reputação pública e aliada de grande valia para a próxima campanha, que, aliás, já começou.
