Utilizar dados de redes sociais como o Facebook para pesquisa tem sido uma prática cada vez mais frequente entre os pesquisadores de diversas áreas. A metodologia “Pesquisa de afinidade de públicos” a partir de dados comerciais oferecidos pelo Facebook, por exemplo, tem sido o ponto de partida para o mapeamento de públicos de interesse de eleitores durante ações de planejamento de campanha e comunicação política.
A metodologia foi utilizada pela primeira vez por Marcelo Vitorino e Natália Mendonça durante o período pré-eleitoral de 2016 para entender, com base em comportamentos de consumo dos usuários do Facebook, com quais grupos certos candidatos teriam mais alinhamento para assim, construir discursos e práticas de planejamento de comunicação.
Os resultados obtidos pela metodologia e sua sistematização com base em critérios científicos despertou o interesse de estudiosos de diversas áreas e publicado na última edição do periódico científico Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Science.
Congressos e publicações buscam ampliar o acesso ao conhecimento
A apresentação da metodologia de “Pesquisa de afinidade de públicos” em Congressos nacionais e internacionais, além da publicação de artigos em revistas científicas tem como objetivo ampliar o acesso ao conhecimento produzido pela Presença Online, escola da marketing e comunicação política.
Para Maíra Moraes, diretora de relacionamento da Presença Online, escola de marketing e comunicação política,
“a Presença Online é uma constante produtora de pesquisa e conteúdo. Ao mesmo tempo produzimos ciência e validamos tanto no mercado quanto na área acadêmica. É um processo que garante a qualidade de nossos cursos e o alto índice de aprovação por parte dos nossos alunos”.
No artigo “Materialidade de práticas de vigilância: como suas curtidas no Facebook constroem um candidato político”, Maíra apresenta a metodologia para uso dos dados de usuários do Facebook e como ela foi utilizada para pautar as estratégias de comunicação durante a pré-campanha das eleições municipais em 2016, sendo também utilizada no pleito de 2018 no Brasil.
O texto foi selecionado e publicado na Edição Especial da Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Science, vinculada ao grupo de pesquisa Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva (Tecccog).
A edição buscou reunir reflexões teóricas e práticas de aplicações, nacionais e internacionais, que envolvam os domínios da Comunicação, dos Algoritmos e da Cognição.
Segundo Prof. Dr. Alan Angeluci, editor convidado,
“foram reunidos 10 textos de autores nacionais e internacionais que versam sobre a ciência cognitiva, comportamento, consumo e privacidade nas novas mídias, algoritmos e suas influências no campo do marketing e da política, bem como críticas às tecnologias de interfaces”