Todo candidato com pretensões reais de ser eleito deve trabalhar sua candidatura com antecedência. E é isso que torna o período da pré-campanha tão significativo, já que os candidatos terão apenas 45 dias de campanha e precisam de mais tempo para se conectarem com os eleitores.
Por ter um papel crucial no processo eleitoral, é comum que haja dúvidas sobre a pré-campanha, como definir as principais estratégias, quais conteúdos produzir, quando falar que é pré-candidato, e é sobre isso que vamos falar neste artigo.
Regras e limites de estratégias na pré-campanha eleitoral
O período de pré-campanha foi estabelecido há alguns anos e, de lá pra cá, muita coisa mudou. Antigamente, um candidato só poderia declarar que tinha intenções de candidatura no período eleitoral. Agora, ele pode falar que é pré-candidato a partir do dia 1 de janeiro, mas isso não significa que deve fazê-lo.
O período da pré-campanha não pode ser utilizado para pedir votos nem de forma implícita, a lei é bastante clara sobre isso. Além da legislação, no entanto, outra coisa deve ser levada em consideração: qual cidadão, com exceção daqueles que já trabalham com política, está pensando, desde janeiro, em qual candidato ele vai votar nas eleições que só acontecem em outubro?
A população tem outros interesses e a política, certamente, não é o assunto preferido da maioria das pessoas. Nenhum eleitor acorda em um dia comum pensando em qual candidato votar.
É mais comum ele pensar se vai tomar vacina, se tem que fazer compra para a casa, se vai investir um dinheiro em algum bem, se a sua empresa está correspondendo às expectativas do cliente e por aí vai.
Ou seja, um candidato que fala em voto fora da época em que o eleitor está pesquisando por política, ele vai gerar, no mínimo, animosidade e antipatia. Quanto mais utilizar a pré-campanha para vender a candidatura, menos as pessoas vão gostar dele.
O ponto de partida das estratégias da pré-campanha eleitoral
Agora que você já sabe o que não deve fazer na pré-campanha, vou te falar para que serve essa etapa. A pré-campanha é um período importante para o candidato se apresentar para os eleitores e mostrar sinergia com a vida das pessoas.
É neste momento que uma boa candidatura amplia a reputação que já possui, aumenta sua base de dados e se apresenta para mais pessoas que ainda não conhece.
Se o candidato se mostrar uma pessoa empática, se comunicar com seus públicos de interesse e cadastrar cada pessoa que ele conhecer daqui até o período eleitoral, ele irá aumentar muito as chances de vitória.
Há várias maneiras de gerar conexão com as pessoas e aumentar a base de dados. O candidato pode utilizar uma reunião com amigos, por exemplo, para falar sobre um problema que tem no seu bairro, na sua cidade ou no seu estado.
Nessa mesma reunião, ele coleta o nome, o telefone e o e-mail das pessoas para estabelecer relação com aqueles eleitores futuramente, seja por lista de transmissão no WhatsApp, e-mail marketing ou por impulsionamento nas redes sociais.
Ele também pode usar um almoço ou até uma reunião na igreja da qual ele faz parte, contanto que ele use essas reuniões sem a finalidade eleitoral diretamente, mas para mostrar para as pessoas que ele está atento aos problemas que elas estão enfrentando e que tem soluções para eles.
O eleitor tem que reconhecer no candidato alguém que conhece a realidade, comunga dos mesmos valores, tem ideias que resolvem problemas e tem disposição para fazer. Aí, o candidato está na construção do voto, afinal, o eleitor vota nele mesmo, quando diante de vários candidatos, procura saber qual mais se parece com ele.
Como definir os conteúdos da pré-campanha eleitoral?
Antes de produzir conteúdo na internet, todo candidato ou profissional de marketing político deve saber para que servem as redes sociais.
Parece simples, mas a maioria das pessoas acredita que redes sociais são um lugar para publicar conteúdo ou apenas postar uma foto, sem narrativa e sem emoção. Em Facebook e Instagram, por exemplo, não cabem releases ou conteúdos em tom jornalístico.
Quem vai disputar as eleições utilizando as redes sociais na construção de estratégias deve entender a dinâmica das plataformas. As pessoas entram nas redes sociais para duas coisas: se entreter e se relacionar.
O eleitor não acorda e pensa: “hoje quero ver uma foto daquele político com as lideranças” ou “hoje é um belo dia para ver como aquele político votou as propostas legislativas”.
“Caso você queira se conectar com eleitores nesse momento, precisará dar a eles um conteúdo que esteja de acordo com suas expectativas.” (Marcelo Vitorino)
Além de objetivar a construção de reputação, os conteúdos da pré-campanha devem despertar interesse nas pessoas, afinidade com a realidade dos públicos e, claro, relacionamento entre o candidato e os eleitores. É isso que se deve fazer na internet antes do período eleitoral.
Saiba mais sobre as estratégias da pré-campanha eleitoral
O professor e consultor de marketing político Marcelo Vitorino ensina, em seu canal do YouTube sobre marketing político, como trabalhar o período da pré-campanha e como definir os conteúdos dessa fase. Assista, aprenda e aplique! 😉
Por hoje é só! Até a próxima! 😉