Muitas candidaturas, aparentemente fortes e competitivas, morrem na praia antes mesmo de o período eleitoral começar oficialmente. Eu já vi isso acontecer diversas vezes e, na maioria dos casos, o problema não estava no candidato ou na falta de recursos, mas sim na condução equivocada da pré-campanha. O trabalho realizado nos meses que antecedem o registro oficial é o alicerce de qualquer projeto vitorioso.
Se a equipe comete erros primários nessa fase, dificilmente haverá tempo ou credibilidade para corrigir o rumo quando a campanha estiver nas ruas. A pré-campanha é o momento de testar, ajustar a narrativa, organizar a casa e, principalmente, não cometer deslizes que gerem desgastes desnecessários. Para ajudar você a blindar seu projeto, listei os 10 erros mais comuns de equipes de pré-campanha que podem derrubar até o candidato mais competitivo.
1. Desconhecimento da legislação eleitoral
Parece óbvio, mas é o erro mais frequente. Equipes afoitas, querendo mostrar serviço, acabam produzindo materiais com pedido explícito de voto ou configurando propaganda antecipada. A legislação para a pré-campanha é permissiva em muitos pontos, mas rigorosa em outros. Um deslize jurídico aqui pode gerar multas pesadas ou até a impugnação da candidatura lá na frente. A equipe precisa saber exatamente onde pisa.
2. Falta de planejamento estratégico
Sair fazendo coisas sem um plano é a receita para o desastre. Muitas equipes confundem “movimentação” com “estratégia”. Fazer reuniões aleatórias, postar qualquer coisa nas redes sociais ou visitar bairros sem um objetivo claro é desperdício de tempo e dinheiro. É preciso definir: qual a narrativa? Quem é o público-alvo? Quais são os marcos da pré-campanha?
3. Ignorar a pesquisa e os dados
Achar que conhece a cidade ou o eleitorado apenas pelo “feeling” é um erro grave. Equipes que ignoram pesquisas (qualitativas e quantitativas) tendem a focar em problemas que não são prioridade para as pessoas. A comunicação política precisa ser baseada em dados, não em intuição ou na opinião dos “puxa-sacos” que cercam o candidato.
4. Comunicação voltada para dentro (a bolha)
É muito comum a equipe produzir conteúdo que agrada ao candidato, ao partido ou aos militantes, mas que não conecta com o eleitor comum. Falar \”politiquês\”, usar termos técnicos ou focar em brigas internas partidárias afasta o cidadão. A comunicação deve ser para as pessoas, resolvendo as dores delas, e não para alimentar o ego da equipe.
5. Amadorismo no digital
Entregar as redes sociais para o “sobrinho que mexe na internet” ou acreditar que apenas postar fotos de agenda (o famoso “bom dia, hoje estive com fulano”) vai gerar engajamento. O marketing político digital exige profissionalismo, tráfego pago (impulsionamento), segmentação e construção de narrativa. Redes sociais não são mural de avisos; são ferramentas de relacionamento.
6. Centralização excessiva no candidato
O candidato não pode (e não deve) decidir a cor do panfleto, o horário do post e o fornecedor do café. Equipes que não têm autonomia ou competência para resolver questões operacionais sobrecarregam o candidato, que deveria estar focado na articulação política e no contato com o eleitor. Uma equipe eficiente blinda o candidato de problemas menores.
7. Prometer o que não pode cumprir
Na ânsia de agradar, algumas equipes orientam o pré-candidato a fazer promessas inviáveis. Isso gera uma expectativa que, quando frustrada, se transforma em rejeição imediata. A construção da reputação deve ser baseada na verdade e na viabilidade. O eleitor de hoje é desconfiado e tem o Google na mão para checar informações.
8. Brigas internas e disputa de ego
Campanha é um ambiente de alta pressão. Se a equipe não estiver unida, as brigas por espaço, ciúmes e disputas de poder vão minar a energia do projeto. O coordenador de campanha precisa ter pulso firme para gerir essas crises humanas antes que elas respinguem na imagem do candidato.
9. Falta de construção de banco de dados
A pré-campanha é o momento ideal para formar cadastro. Equipes que não coletam contatos (WhatsApp, e-mail) das pessoas com quem o candidato interage estão jogando fora um ativo valioso. Chegar na campanha oficial sem uma base de dados organizada para mobilização é começar o jogo perdendo de 7 a 1.
10. Gastar recursos errados na hora errada
Torrar o orçamento com grandes eventos ou materiais impressos caros no início da pré-campanha e ficar sem verba para a reta final. O planejamento financeiro é vital. A equipe precisa saber alocar recursos de forma inteligente, priorizando o que traz retorno de imagem e posicionamento.
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Evitar esses erros não é apenas uma questão de sorte, é uma questão de método e conhecimento. Uma candidatura competitiva se constrói com passos firmes e uma equipe preparada para lidar com as adversidades do cenário político.
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