Diante de todas as incertezas sobre o nosso futuro, o processo eleitoral, a situação econômica do Brasil e do mundo, não é o momento de ficarmos em efeito suspensivo, nem entrar numa espécie de medo coletivo, mas sim nos prepararmos para todos os possíveis cenários.
Mais do que antes, os profissionais de comunicação devem estar prontos para cumprir o seu papel, que é o de estabelecer vínculos entre cidadãos e políticos ou instituições. É no momento de crise que a comunicação se torna ainda mais importante.
Uma palavra mal colocada ou uma frase fora do tom, pode levar a desdobramentos ainda piores. Por outro lado, quem souber aproveitar o momento, se posicionando de forma correta, além de cumprir seu papel de acolhimento e equilíbrio social, sairá dos próximos meses muito mais fortalecido.
Em momentos como os que estamos vivendo, em que a ansiedade toma conta das pessoas, ainda mais com o confinamento por conta do Coronavírus, é preciso manter a sobriedade, compreender o momento de cada um, e planejar muito bem cada ato de comunicação.
Posicionamentos públicos precisam ser muito bem estudados para não serem interpretados como oportunismo, nem tampouco, entendidos como omissão.
É das crises que grandes nomes emergem.
E é preciso ter em mente que a nossa crise passará dentro de alguns meses. Você já se perguntou que país teremos após essa etapa? No que as pessoas estarão pensando? Quais as expectativas que elas terão?
O processo eleitoral brasileiro pode sim sofrer um pequeno adiamento. Creio ser difícil adiar para outro ano porque isso significaria aumentar o tempo de mandato daqueles que estão no cargo, e também por crer que em agosto o surto de Coronavírus já esteja perto do seu fim. Provavelmente, podemos ter um processo eleitoral “encurtado”, acontecendo em novembro. Isso é a minha projeção, não há posição oficial alguma.
O que é importante? Que você aproveite esse tempo com uma postura adequada. Substitua o nervosismo e a ansiedade por foco. Eu costumo falar sempre nas minhas aulas, que um dos maiores diferenciais de um profissional é o acervo que ele carrega.
Com essa bagunça causada pelo Coronavírus, sugiro que veja a situação com outros olhos: você acabou de ganhar um semestre inteiro para se preparar, sem a pressão habitual, podendo estudar política, uso de tecnologia e estratégias de comunicação.
É preciso parar de olhar para baixo, para o que está acontecendo e, ao mesmo tempo, olhar mais adiante, para o momento que nos recuperaremos. É vislumbrar o futuro que nos faz humanos.
Quando este momento chegar, melhores estarão aqueles que tiverem aproveitado os meses anteriores se preparando.
Você pode até encarar os próximos seis meses como meses de reclusão e sofrimento, mas eu lhe digo o que farei: serão os meses de mais estudo, de mais determinação e de mais foco, de toda a minha carreira.
A epidemia não fará de mim uma vítima. Nossos antepassados sobreviveram a coisas muito piores e cresceram durante os períodos de dificuldade que enfrentaram. Isso nos trouxe até aqui. Farei o mesmo e sugiro fazermos isso juntos.
Vamos enfrentar as perdas e nos preparar para a retomada, pois assim que ela começar, estaremos prontos para qualquer cenário que encontrarmos.
Contem comigo.