A comunicação política agora é uma guerra de versões em que não importa tanto o que você tem a dizer e sim no que as pessoas querem acreditar. As regras que antes conhecíamos muito bem, mudaram. É um mundo novo para a maioria dos políticos e todos que os cercam. O cenário do marketing político não é mais o mesmo.
As condições que antes garantiam uma boa reputação e popularidade são coisas do passado. Campanhas suntuosas, marqueteiros mágicos e as coligações partidárias perderam relevância e, de agora em diante, a estratégia por trás da comunicação precisa estar completamente alinhada a uma definição de uma narrativa consistente.
Uma boa narrativa não pode ser construída em cima da hora e leva tempo para conseguir formar uma mensagem tão forte, que nenhuma fake news seja capaz de derrubar.
O problema é que as pessoas agora estão mais dispersas e sendo bombardeadas por todos os tipos de conteúdos, muitas vezes ao dia, diretamente nos aparelhos celulares. A televisão já perdeu a guerra da primeira tela. A maior parte da população economicamente ativa, faz uma coisa ao acordar e antes de dormir: olha a tela do celular.
A pequena tela pode ser carregada para todos os lugares, dá acesso a um mundo de entretenimento e permite que as pessoas se conectem, mesmo estando fisicamente longe umas das outras, de forma simples, rápida e fácil.
Como fazer uma boa comunicação política?
A combinação perfeita a reúne 5 elementos principais: uma narrativa consistente, a capacidade de entregar conteúdos, uma boa base de dados, metodologia e, claro, estratégia.
Se você trabalha com marketing político e acredita que nunca cometerá erros, talvez seja melhor pensar em fazer outra coisa da vida. Você cometerá. O ponto é: o que fará quando isso acontecer? Você precisa estar pronto. Preparado. Capaz de assumir os erros, aprender com eles, e reagir com muita velocidade.
Na política, o tempo é o ativo mais importante. Para você ter uma ideia, na justiça comum uma sentença costuma ser dada em dias, meses e anos. Na justiça eleitoral, costuma ser em horas. Portanto, cada hora desperdiçada faz falta. Um dia pode significar uma carreira, uma reputação ou os próximos anos.
Enquanto o tempo passa, é que as versões da história são construídas. Alguém sempre vai ganhar e alguém sempre vai perder. Lide com isso, mas não se acostume nunca.
Toda comunicação política tem uma finalidade: mostrar que o seu ponto de vista é o mais sinérgico com o dos cidadãos.
Estamos falando de criar empatia, não de construir verdades. A base da comunicação precisa ser sólida. Uma informação equivocada, uma fala mal colocada, e a empatia construída irá pelo ralo.
Por isso separei algumas dicas que te ajudarão a não errar na hora de construir sua narrativa.
5 dicas para quem quer construir boas narrativas para comunicação política
1. Pense do Fim para o começo
Nesse momento você deverá visualizar seu objetivo, o cenário aonde deseja chegar. Só assim você vai conseguir compreender os próximos passos e ações. É como se você observasse um quadro já finalizado para só então começar a escolher as tintas, os pincéis, o tipo de pintura e o tipo de tela.
2. Organize um mapa de idéias
Este é o passo que você precisa dar após a definição do objetivo. Agora é a hora de criar um planejamento que define quem são os responsáveis pelas ações, quais as necessidades eles podem ter e o prazo para a entrega de cada uma delas. Não deixe nada de fora, um bom planejamento reduz drasticamente surpresas desagradáveis. Sugiro também que após o mapa, utilize um formulário conhecido no marketing como 5W2H.
3. Conheça as etapas do storytelling
Uma boa narrativa tem tudo a ver com a arte de contar histórias. Conhecer e utilizar as técnicas de storytelling para estruturar conteúdos políticos é o melhor caminho para se aproximar do eleitor e ganhar sua empatia. Divida suas narrativas em atos, torne-a real e interessante.
4. Não se preocupe com o tamanho do conteúdo, da história que vai contar
Se você seguir as dicas anteriores, saberá quando tiver uma boa narrativa nas mãos e que o número de caracteres ou minutos não interfere nesse julgamento. O conteúdo deve ter o tamanho que você precisar para transformar um fato em uma boa história.
5. Lembre-se: toda narrativa deve ter uma moral
Ao fim de cada narrativa é preciso levar o eleitor a uma reflexão. De nada adianta você estruturar um bom conteúdo se não entregar uma lição.
No fim, todo este trabalho tem a finalidade de fazer o eleitor criar uma imagem positiva sobre seu cliente, sem que você precise dizer isso a ele.
“Quero saber mais sobre a construção de narrativas na comunicação política”
Além das dicas que você encontrou neste texto, existem muitos outros elementos que contribuem para a construção de boas narrativas. Sugiro que conheça o Guia do Marketing Político, um clube de assinaturas para quem busca conhecimentos sobre marketing e comunicação política. Lá você encontrará aulas sobre construção de narrativas, estratégias de conteúdo e muitos outros temas importantes para quem trabalha na área.
No vídeo explico um pouco mais sobre o Guia do Marketing Político, assista:
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