E aí, meu caro! Vamos conversar sério sobre um dos maiores desafios que um político enfrenta após a vitória nas urnas: a comunicação de mandato. A euforia da posse passa rápido, e o que sobra é o dia a dia. E, vamos ser sinceros: se você não tiver uma estratégia de comunicação bem definida, corre o risco de virar aquele político que as pessoas só lembram de 4 em 4 anos, ou pior, aquele que as pessoas seguem nas redes sociais só para passar raiva de tão chato que é o conteúdo. Manter o engajamento alto durante quatro anos exige técnica, profissionalismo e uma boa dose de realidade no marketing político.
O grande erro que vejo por aí é o político achar que o mandato é uma extensão da campanha. Não é. Na campanha, você vende esperança, futuro, o que vai ser. No mandato, o eleitor quer ver entrega, presença e, acima de tudo, quer sentir que valeu a pena ter votado em você. Para isso, sua comunicação política precisa ser interessante, útil e conectada com a vida das pessoas. Ninguém acorda de manhã pensando: “Nossa, estou doido para ver a foto do vereador assinando um papel na mesa do gabinete”. Se o seu conteúdo se resume a isso, sinto informar, mas você está perdendo relevância a cada postagem.
Pare de falar de você e fale da vida das pessoas
Um mandato chato é aquele que é autocentrado. É o político que usa as redes sociais como um diário pessoal de vaidades, postando foto de reunião atrás de reunião sem explicar o impacto daquilo na vida real. Para manter o engajamento, você precisa inverter a lógica. A estrela da sua comunicação não é você, é a solução que você traz ou a luta que você trava.
Em vez de postar “Estive reunido com o secretário de obras”, que tal mostrar o buraco na rua sendo tapado e explicar como aquela sua articulação resolveu o problema da Dona Maria que não conseguia tirar o carro da garagem? Isso gera conexão. A comunicação de mandato precisa traduzir o “politiquês” e a burocracia para a linguagem do dia a dia. As pessoas precisam entender que, enquanto você está naquele gabinete chato, a vida delas está melhorando do lado de fora.
Segmentação: não tente abraçar o mundo
Outro ponto que derruba o engajamento é a falta de foco. Tentar falar com todo mundo é a receita certa para não ser ouvido por ninguém. Você foi eleito por um grupo de pessoas, que defende certas pautas e tem interesses específicos. Sua prioridade deve ser manter esse grupo aquecido e mobilizado.
Se a sua bandeira é a defesa dos animais, não adianta gastar energia e algoritmos tentando convencer quem não gosta de pet. Alimente a sua base com informações de qualidade sobre o tema. Mostre os bastidores das suas ações, peça opinião, faça com que eles se sintam parte do mandato. O eleitor que se sente ouvido e representado é o primeiro a defender você nos comentários e a compartilhar seu conteúdo nos grupos de WhatsApp.
Relacionamento é a chave do engajamento
Rede social não é palanque, é mesa de bar. As pessoas estão lá para se relacionar e se entreter. Se você posta e sai correndo, sem interagir, está jogando oportunidades no lixo. Responder comentários, abrir caixinhas de perguntas nos stories e interagir com quem dedica tempo ao seu perfil é obrigatório.
E aqui vai uma dica de ouro: priorize quem gosta de você. Muita equipe de comunicação perde horas discutindo com um hater (que nunca vai votar em você) e deixa o apoiador fiel, que comentou “Parabéns, deputado!”, no vácuo. Isso é um tiro no pé. Trate bem quem te trata bem. Acolha, converse, traga para perto. Engajamento real se constrói com relacionamento genuíno, não com números comprados ou polêmicas vazias.
A necessidade de uma equipe técnica
Por fim, não dá para fazer tudo isso no amadorismo. “Ah, meu sobrinho mexe no Instagram”. Esqueça isso. Comunicação de mandato séria exige profissionais. Você precisa de gente que entenda de design, de vídeo, de tráfego pago e, principalmente, de estratégia política.
Ter uma equipe técnica qualificada garante que sua mensagem chegue da forma certa, no momento certo e para as pessoas certas. É um investimento, não um gasto. Lembre-se: comunicação não é o que você fala, é o que as pessoas entendem. E para que elas entendam e engajem, o processo precisa ser profissional.
Conclusão e próximos passos
Manter o engajamento alto durante os quatro anos de mandato não é tarefa fácil, mas é totalmente possível se você fugir da mesmice e focar nas pessoas. Resumindo nossa conversa:
- Traduza a burocracia para a vida real e mostre resultados concretos;
- Foque na sua base eleitoral e nas suas pautas prioritárias;
- Interaja de verdade e valorize quem te apoia;
- Profissionalize sua comunicação com uma equipe técnica.
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Um grande abraço e bom trabalho!



