Termo que tem aparecido com frequência nos debates atuais, a inovação necessita ser mais discutida na perspectiva do marketing político. Inovar traz consigo mudanças estruturais significativas e, no caso do marketing político, envolve a capacidade de pensar e olhar o amanhã com criatividade, foco no usuário, gerar ideias com poder de transformação.
Para os profissionais do marketing político, inovar passa pela aceitação das ideias pelo político e seu grupo, antes mesmo do público, em um cenário onde a cultura do erro não está tão bem firmada como em startups, por exemplo. Ou seja, o desafio é duplo. O tempo curto dedicado a pensar marketing político pela classe política é um fator que acredito influenciar em decisões entre aceitar propostas do tipo.
A inovação na perspectiva do marketing político, que não necessariamente deve estar atrelada a perspectiva tecnológica, pois é anterior a ela, vem de encontro a um cenário carente, de certo modo, de iniciativas próprias, de propostas capazes de ver novos usos para os mesmos produtos ou serviços, ainda que alguns avanços importantes tenham ocorrido. Nesse sentido, destaco o uso de dados e uma mudança no mindset dos principais responsáveis pelas campanhas.
Entre eles, percebe-se com clareza que, a cada processo eleitoral, tem se aceitado e, inclusive, solicitado, um maior uso da tecnologia e seus benefícios, por exemplo. A tecnologia, aquela que transformou o eleitor em produtor de conteúdo, democratiza o acesso da sociedade a produtos e serviços anteriormente distantes. Elas, tecnologia e inovação, juntas, têm amplo poder diante de um mundo volátil e incerto no qual o marketing político precisa se inserir e se destacar.
A inovação, portanto, está atrelada ao benefício que ela vai gerar quando de fato for efetivada e, por isso, deve ser discutida frequentemente e fomentada entre a classe política pelos profissionais da comunicação.