Um dos maiores desafios ao se tornar um gestor de tráfego político é entender o mercado ao ponto de conseguir precificar corretamente o seu trabalho. Definir quanto cobrar em cada projeto é essencial para mostrar as suas competências, valorizar o seu conhecimento e conquistar novos negócios, principalmente em ano eleitoral. Para te ajudar a fazer melhores negociações, preparamos um artigo especial para ensinar quanto cobrar em seu trabalho de gestor de tráfego para políticos.
Diferença entre gestor de tráfego político e gestor de tráfego corporativo
O primeiro ponto é analisar que apesar de utilizarem as mesmas ferramentas, o gestor de tráfego para política e o gestor de tráfego corporativo tem trabalhos muito diferentes.
O gestor de tráfego corporativo pode avaliar o seu trabalho através da métrica ROI (retorno sobre investimento) e seus contratantes conseguem metrificar exatamente quanta receita o profissional está fazendo para a empresa. Essa realidade faz com que os gestores de tráfego corporativo tenham algumas opções de cobrança, como a possibilidade de cobrar uma porcentagem dos lucros obtidos com o seu trabalho.
Enquanto isso, o gestor de tráfego político não consegue medir o quanto o seu trabalho teve impacto direto no resultado nas urnas. O seu objetivo é fazer com que o conteúdo produzido pelo político seja mais consumido pelo público alvo. Desta maneira, a particularidade do mercado elimina a possibilidade de cobrar a partir dos resultados obtidos, já que seu trabalho não gera retorno financeiro direto.
Quanto cobrar pelo trabalho de gestor de tráfego para conteúdo político.
Tendo em vista a realidade do trabalho do gestor de tráfego político, o primeiro ponto a ser avaliado é o regime de contratação: a depender do volume de trabalho, cabe ao contratado e ao contratante definirem se o trabalho será de forma integral, com todo o tempo de trabalho dedicado ao projeto, ou parcial, com horas de trabalho definidas de acordo com a necessidade e tamanho do projeto eleitoral.
Em média, um profissional dedicado exclusivamente a um projeto eleitoral custa ao seu empregador entre 4k e 10k a depender do nível de experiência e conhecimento. Já os profissionais que trabalham com dedicação parcial precisam realizar uma conta um pouco mais complexa.
O primeiro passo é analisar o histórico e as redes do candidato para entender quanto cobrar pelo setup inicial, isso é, quanto cobrar para fazer as configurações iniciais de uma conta de anúncios. Recomendamos que o setup seja cobrado à parte por se tratar de um projeto que demanda conhecimento e pode tomar muito tempo a depender do histórico do uso das redes sociais do cliente.
Após avaliar o cenário e definir o custo do setup inicial, basta definir como a cobrança da recorrência do trabalho será feita. Existem dois caminhos mais comuns: a cobrança por porcentagem em valor de mídia investido, que costuma ser entre 10% a 20% do valor investido mensalmente ou a cobrança por hora trabalhada.
Para saber o valor da hora trabalhada, basta definir quanto seria cobrado por um trabalho em dedicação exclusiva, ou seja, quanto você cobraria por um trabalho de tempo integral, e dividir o valor por 176. Esse número é definido da seguinte maneira: em média, são 22 dias úteis por mês com 8 horas diárias trabalhadas, o que resulta em 176 horas trabalhadas mensalmente. Ao dividir um salário completo pelo número, você terá o valor da sua hora/trabalho.
Mas, calma! A conta não termina por aqui
Fatores que devem influenciar o preço do seu trabalho
Se os seus clientes irão te contratar por dedicação parcial, saiba que além do valor da sua hora, você deve levar em consideração diversos outros fatores que impactam no valor a ser cobrado:
- Experiência na área e áreas afins
- Cursos e especializações
- Custos que vão além da sua mão de obra (ferramentas, acesso a internet)
- Valor do imposto pago na nota fiscal
Resumindo, cabe ao profissional calcular com atenção quais são os custos que terá para realizar o trabalho e incluir no valor da prestação de serviço uma quantidade que seja suficiente para cobri-los, para além da a hora de trabalho.
Como fazer um contrato para gestão de tráfego político
Antes de fechar qualquer acordo, faça uma reunião de alinhamento com o seu cliente e busque entender todos os detalhes sobre a parceria. Entenda o cenário e calcule quantas horas semanais serão necessárias para executar o trabalho e faça um contrato em cima das horas que serão dedicadas. Desta maneira, você tem mais segurança para prestar o serviço e o seu empregador consegue ter mais clareza nos serviços que estão sendo contratados.
Para finalizar, ao fazer o cálculo das horas gastas semanalmente, é importante levar em consideração quais são as tarefas necessárias para o trabalho, se você precisará interagir com a equipe, apresentar relatórios ou se vai entregar excepcionalmente um trabalho mais operacional.
Ufa, são muitos detalhes para olhar, não é? Para aprofundar-se no assunto e entender ainda mais sobre quanto e como cobrar pelo seu trabalho de gestor de tráfego político, recomendo que veja o vídeo da professora Natália Mendonça sobre o assunto. Ela explica com detalhes e traz ainda mais possibilidades sobre as melhores maneiras de fazer essa cobrança:
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Se você também quer se especializar para conseguir cada vez mais contratos e oportunidades maiores, recomendo o curso Anúncios para Políticos da professora Natália Mendonça. Lá, você encontra o passo a passo de como fazer campanhas políticas, como utilizar as ferramentas, os rótulos para conteúdo político e quais são as regras da legislação para esse tipo de impulsionamento.
Bons estudos e até a próxima!