A internet se tornou parte da vida de qualquer cidadão. Se não acredita em mim, pense melhor, pode ser que esteja em estado de negação. Mesmo que você não faça ideia de como o digital tomou conta da sua vida, isso não significa que não tenha acontecido.

Não ter perfis em redes sociais ou não saber do que se trata não lhe deixa de fora da revolução da comunicação.

Hoje, boa parte da mídia baseia-se em informações obtidas na web e já não é incomum você estar assistindo um telejornal e o âncora chamar a atenção para um vídeo que está no YouTube, uma citação que foi feita no Twitter, uma foto compartilhada pelo Instagram ou o número de compartilhamentos que uma mensagem teve no Facebook. Pronto! Mesmo a pessoa mais avessa a tecnologia foi impactada.

Diante de tanta exposição, uma hora ou outra você se sentirá tentado a fazer parte desse fantástico meio de comunicação.

É aí que os problemas começam a acontecer. Fomos educados por nossos pais para convivermos em sociedade. Aprendemos a dar a vez aos mais velhos, a não colocar os cotovelos em cima da mesa enquanto jantamos e a não sermos inconvenientes em nossos grupos sociais. Mas quem é que nos educou para conviver no mundo virtual?

É preciso aprender alguns conceitos para que sua experiência conectado não lhe traga arrependimentos.

Um dos conceitos que considero mais importante para todos é: uma vez algo na rede, nunca fora dela.

Você deve pensar três vezes antes de publicar alguma coisa na internet – foto, texto, vídeo, mesmo que seja nas suas redes sociais ou em uma conversa privada com um colega.

Antigamente, uma palavra mal colocada ou uma piada de mau gosto já causava confusão. Hoje, o potencial do estrago pode ser muito maior.

Você não precisa ser famoso como o Rafinha Bastos para se meter em encrenca. Em 2010, insatisfeita com a vitória de Dilma sobre José Serra, uma estudante de direito, residente em São Paulo, publicou uma mensagem preconceituosa contra os nordestinos em seu perfil no Twitter.

A resposta foi rápida. Milhares de pessoas passaram a ofendê-la. O assédio foi tanto que acabou saindo da faculdade e foi demitida de seu emprego.

Em outro caso, um diretor de uma empresa de tecnologia publicou uma ofensa homofóbica ao time que a empresa patrocinava. Em um bar ou em uma reunião de amigos, por mais que os presentes se sentissem incomodados pelo comentário, o máximo que poderia acontecer é o fim da amizade.

Como o comentário foi público, também no Twitter, a diretoria do time de futebol foi informada da deselegância e da falta de bom senso do diretor, o que lhe custou o cargo na empresa.

Não adianta apagar depois que publicou. Se tem dúvidas se deve ou não publicar algo, é porque não deve.

Marcelo Vitorino, Momento Conectado para Rádio Boa Nova

Ps.: Recomento a leitura dos textos

4 verdades essenciais que aprendi com Joselito Muller

Os segredos de uma boa gestão de crise na internet