De 2008 para 2013 o número de domicílios brasileiros conectado à internet praticamente dobrou. Essa informação vem do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), entidade que faz diversas pesquisas sobre o uso da web no Brasil

Ainda segundo ela, devemos ter pouco mais da metade dos lares conectados. O que, na prática significa que ultrapassamos a barreira dos cem milhões pessoas acessando a rede, o que nos coloca na quinta posição de acesso mundial, ficando atrás de Japão, Índia, Estados Unidos e da China.  Um site muito bacana que contem várias estatísticas é o Internet Live Stats.

A quantidade de pessoas conectadas não me diz muito, e sim o que estas pessoas estão fazendo online.

Em uma pesquisa recente, com cerca de mil respostas, o Ibope Media constatou que noventa e cinco por cento dos jovens, que tem entre quinze e trinta e três anos, se consideram viciados em tecnologia.

Quase todos, noventa por cento deles, tem como uso preferencial o acesso às redes sociais, dentre elas, o Facebook como favorita. Dois em cada três jovens usam a rede para assistir vídeos e ouvir músicas. Quase um terço a usa para ouvir rádio.

O brasileiro passa quase cinquenta horas semanais conectado, sendo o campeão mundial de tempo online.

O grande problema do acesso é que pouco dele é construtivo. Boa parte se resume em jogos online, vídeos de gatos fofíssimos e o que acontece na vida alheia.

É muito fácil entrar começar a navegar e esquecer da vida, dos estudos, do trabalho e até das relações pessoais. Para você ter uma ideia, um em cada oito divórcios nos Estados Unidos tem relação com o uso de redes sociais, na Inglaterra o problema é ainda maior, um em cada três.

Com tanta informação, se é que podemos chamar assim, é preciso se impor limites para não cair no canto da sereia digital e ter a sua vida atrapalhada. A estudante, Bruna Sollitto, é um bom exemplo. Passou em primeiro lugar para medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas para isso precisou abdicar da vida digital. Deixou de lado o Facebook e o Whatsapp.

No trabalho o cuidado deve ser redobrado, os tribunais já consideram uso indevido da internet como argumento para demissão por justa causa. Se você passa muito tempo no uso pessoal dentro do ambiente de trabalho é claro que sua produtividade cairá e o empregador se sentirá lesado.

Fique atento.

Marcelo Vitorino, Momento Conectado para a Rádio Boa Nova.